Thursday, June 28, 2007

A obstinação compensa!

Diz-me a experiência que a obstinação, por regra, dá sempre resultado. Três dias de perseguição à distância, mas intensiva, deram os devidos frutos: encontrei o sr. Paiva. Funcionário simpático, ouviu-me solícito, fartinho de saber que nada podia fazer por mim, a não ser, vigiar melhor no futuro a entrega de correspondência em minha casa. Quanto à certidão de nascimento da M, a tal perdida pelos CTT depois de exemplar despacho por parte dos envolvidos no Portal do Cidadão... Recebi em casa a segunda via, registada, com o envio pago pelo Arquivo Central do Porto. O preço desta segunda via, paguei-o eu, à conta da falta de educação da funcionária que me atendeu o telefone. Mal-educada e com as hormonas notoriamente aos saltos pelo que me foi dado a entender pela histeria. Mantive estranhamente a calma... Apenas de lhe disse que eram comportamentos como aquele que infelizmente justificam a falta de solidariedade das pessoas em geral para com os funcionários públicos. E desliguei... Para ligar novamente e entender-me com a chefe dessa senhora, que de certeza por conhecer a peça, se comprometeu a enviar a segunda via da certidão a expensas do Arquivo. Assunto encerrado, até à próxima, claro!

Friday, June 15, 2007

À procura do sr. Paiva

Obstinada e teimosa, assim sou eu. Para o bem e para o mal! Pois que agora elegi uma nova cruzada: os CTT. Ai que estou tão irritada, tão irritada, tão irritada, mortinha por encontrar o incompetente que me está a fazer ferver o sangue (está certo, a temperatura de ebulição do dito ronda os 37,5º). Comecemos pelo princípio, enquanto vou fazendo "redial" no telefone, para ficar ouvir o sinal de chamada até que caia a ligação e fazer "redial" novamente... Ai.... Quero falar com um tal de sr. Paiva, pelos vistos o (ir)responsável pela entrega de correspondência em minha casa.
Final do mês de Maio, decidi experimentar as propagandeadas vantagens do Simplex. E fiquei maravilhada... Tudo tão simples, sem levantar o rabo da cadeira. Fui ao Portal do Cidadão, pedi uma certidão de nascimento, deram-me a referência multibanco para efectuar o pagamento e pronto. Lá fui eu ao banco pela internet para pagar. Dois dias depois, já a certidão era dada como enviada. Perfeito. Estávamos a 1 de Junho. E esperei, esperei, esperei, esperei, esperei... Triste por ver defraudadas as minhas expectativas insufladas pela promessa de facilidade com que se pode levar a vidinha, lá peguei no telefone e contactei a linha de apoio ao cidadão. Menos mal que o rabo esteve sempre sentado na dita cadeira. Ora, a carta foi mesmo enviada, concluí, depois de cruzar a infirmação com o Arquivo Central do Porto. Mas até ao momento, continua sem chegar à minha caixa de correio.

A primeira reclamação. É a 2007/30600 que a operadora da linha insistiu quanto ao despropósito de a apresentar, já que a carta em causa seguiu em correio normal. Mandei-a educadamente à fava. Correio registado ou não, os senhores têm prazos para entregar as cartas.

Mas a melhor ainda estava para vir. Recebi ontem um postal para levantar uma encomenda, que por acaso também já tinha feito há uns dois meses. Quando cheguei ao sítio onde devia levantar a encomenda, já lá não estava nada... É que o postal por acaso foi enviado no dia 5 de Maio. Sim, sim, 5 de Maio e chegou a minha casa no dia 13 de Junho!!! Nova reclamação, esta com o número 2007/30670 e o início da perseguição ao sr. Paiva.

Tuesday, May 29, 2007

Sem reacção

A ainda presidente da Caixa dos Jornalistas, Maria Antónia Palla, anunciou a demissão, deixando criticas à "falta de reacção e de mobilização" dos jornalistas face à decisão do governo de extinguir os apoios à Caixa. Também lamento a apatia cada vez mais generalizada!

Monday, May 28, 2007

Isentos de bom senso

Preocupa-me a intenção anunciada do ministro Correia de Campos de acabar com a isenção das taxas moderadoras para as grávidas e para as crianças menores de 12 anos. Preocupa-me porque há muito que deixei de acreditar no bom senso dos nossos governantes quando decidem escalonar o pagamento ou o usufruto de prestações sociais em função dos rendimentos. Não há como não concordar com o apoio às pessoas mais carenciadas. De acordo. Agora, não cortem a eito em relação aos demais. Não sou rica, sequer filha de pais ricos. Vivo do meu ordenado, que dá à justa para todas as minhas despesas, as da minha filha e as da minha casa. Mas por causa desse mesmo ordenado, capaz de me deprimir no final de cada mês por ser tão curto para tanta vida, o abono da minha filha durante o primeiro ano foi de 37 euros... (só em despesas de saúde meti no IRS cerca de 900). O último escalão, tendo-me a Segurança Social informado que qualquer alteração nos meus rendimentos implicaria a perda desta prestação. Agora, a M. recebe 11 euros mensais de abono, que nem sequer chegam para comprar um pacote de fraldas. Delirante. A acabarem as isenções passarei também a pagar as taxas moderadoras pela medida grande, estou mesmo a ver!
Lembra-me a história das propinas do Ensino Superior. Estive isenta no primeiro ano, era bolseira e como tal não pagava. De uma elementar justiça, acho. Mas foi o único ano, porque logo a seguir o governo socialista do Eng.º António Guterres decidiu uniformizar... E os bolseiros passaram também a pagar propinas, os mesmos apoiados pela Acção Social da Universidade para poderem frequentar o Superior.

Tuesday, May 22, 2007

Campeões!!!!

O F.C. Porto foi campeão e eu estive lá a ver. Lindo e merecido, principalmente para os adeptos que, ao contrário de mim, estiveram lá em todos os jogos. Sofreram, acreditando sempre, como eu acreditei sempre que voltaria para casa campeã. Estes afectos não se explicam, sentem-se. Os campeões de Portugal somos nós! :)

Wednesday, May 09, 2007

Queima

Como gostei das Queimas das Fitas... Tanto, tanto. Não era dos tradicionalistas, que gostavam da Queima só porque sim, pela tradição e mais quê, pelo fato académico e pela ostentação. Nada disso. Boémia confessa entre limites auto impostos, eu gostava mesmo dos copos! Do convívio, sempre o convívio. Gostava das conversas descomprometidas a torto e a direito, como aquela em que descobri que uma licenciada em Matemática Aplicada, que ainda calcorreava as noites do parque, trabalhava na optimização dos percursos dos autocarros na cidade de Coimbra. Fiquei fascinada pela revelação que à luz do álcool me pareceu maravilhosa. Patetice. Gostava daquilo que hoje não me diz nada. E isto deve ser crescer. Criei uma máxima que levei à letra durante os anos do curso. "A Queima é como o Natal. É quando o Homem quiser". Entretanto, eu deixei de querer a bem do fígado e da vida adulta.

Thursday, April 26, 2007

O 26 de Abril

Ontem, dia feriado, 25 de Abril, vim trabalhar... A meio da tarde, chegaram os acordes da incontornável "Grândola Vila Morena", vindos da festa que celebrava a revolução na baixa do Porto. Hoje, a estagiária que anda por cá - e que veio trabalhar em dia feriado por "não ter mais que fazer" - comentou o dia: "Estive por aí... Ainda ouvimos umas modinhas alentejanas!". Suspeito que esta jovem não faz ideia alguma da música que ouviu e do seu significado. Esta é a realidade da geração pós pós pós-25 de Abril... O conhecimento fica mesmo enterrado no pó dos livros!