Isentos de bom senso
Preocupa-me a intenção anunciada do ministro Correia de Campos de acabar com a isenção das taxas moderadoras para as grávidas e para as crianças menores de 12 anos. Preocupa-me porque há muito que deixei de acreditar no bom senso dos nossos governantes quando decidem escalonar o pagamento ou o usufruto de prestações sociais em função dos rendimentos. Não há como não concordar com o apoio às pessoas mais carenciadas. De acordo. Agora, não cortem a eito em relação aos demais. Não sou rica, sequer filha de pais ricos. Vivo do meu ordenado, que dá à justa para todas as minhas despesas, as da minha filha e as da minha casa. Mas por causa desse mesmo ordenado, capaz de me deprimir no final de cada mês por ser tão curto para tanta vida, o abono da minha filha durante o primeiro ano foi de 37 euros... (só em despesas de saúde meti no IRS cerca de 900). O último escalão, tendo-me a Segurança Social informado que qualquer alteração nos meus rendimentos implicaria a perda desta prestação. Agora, a M. recebe 11 euros mensais de abono, que nem sequer chegam para comprar um pacote de fraldas. Delirante. A acabarem as isenções passarei também a pagar as taxas moderadoras pela medida grande, estou mesmo a ver!
Lembra-me a história das propinas do Ensino Superior. Estive isenta no primeiro ano, era bolseira e como tal não pagava. De uma elementar justiça, acho. Mas foi o único ano, porque logo a seguir o governo socialista do Eng.º António Guterres decidiu uniformizar... E os bolseiros passaram também a pagar propinas, os mesmos apoiados pela Acção Social da Universidade para poderem frequentar o Superior.
Lembra-me a história das propinas do Ensino Superior. Estive isenta no primeiro ano, era bolseira e como tal não pagava. De uma elementar justiça, acho. Mas foi o único ano, porque logo a seguir o governo socialista do Eng.º António Guterres decidiu uniformizar... E os bolseiros passaram também a pagar propinas, os mesmos apoiados pela Acção Social da Universidade para poderem frequentar o Superior.
1 Comments:
Ma chéri! Pardon, mon chéri!!!
Conclusão lamentável: a M. também vai ser uniformizada...
:-(
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